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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

New adventures, new ways, (almost) old wishes

Olá povinho (sobrevivente) que ainda lê este blog. Hoje (12/08/2011) vô "matar 2 coelhos com uma caixa d'água só"-Lula. Inicio o uso de marcadores nesse blog e posto novamente quebrando um (mau hábito) acquirido. Já que essa merda virou diário (e reflexões filo/psicológicas) e perdeu (muito) humor, relatarei sobre os fatos ocorridos na presente data. Dividirei esse post pois não sei quando essa aventura que ainda vivo terá seu fim, mas quando tiver, postarei aqui (compromisso assumido) o desfecho da Ópera do Malandro!
Acordo atrasado depois de ter tido um pesadelo (quem quiser saber o que foi, me procura). Perco totalmente a hora, saio atrasado, pego o buzum atrasado (antes disso, encontro uma amiga que não via desde o final do EM, F.F.) Entro no ônibus, 0800 h (tinha que estar na sala as 0905 h). São Paulo TOTALMENTE parada, gasto mas do que o tempo geralmente feito. Não desisto de tentar chegar na aula, mesmo mais de meia hora atrasado. Subo correndo as escadas do Mackenzie e lá chego mais cansada que profissional do séquiçu depois do serviço. Fico uns 10 min na porta, criando coragem para entrar na aula, mas esta não aparece. Logo, chega um amigo, este sim toma coragem, tenta entrar, mas é barrado pelo docente. Desço as escadas do Mackenzie e ainda encontro mais uma colega também atrasada. Meu destino: R. Augusta (NÃÃÃÃOOO EU (AINDA) NÃO ESTAVA PROCURANDO POR EMOÇÕES ARDENTES) estava atrás de um livro: Charles Bukowski - Cartas na Rua
Já na minha chegada, faço uma escolha errada: sigo sentido Jardins e desço um quarteirão, quando deveria ter seguido sentido centro. Após retornar um quarteirão e ter corrigido o trajeto, começa a minha ida ao inferno. Rumava ao nº 602. Passo pela Kiss FM e continuo descendo. Depois do 3º quarteirão, a Augusta começa a ficar muito linda, com poucas pessoas, poucos lugares bons e cada vez mas pessoas estranhas. A minha paranoia e o meu medo me assaltavam, ainda mais depois de ver uns mendigos/drogados discutindo/brigando e um deles pega uma garrafa e joga com tudo no chão. Mas como eu tinha pensado anteriormente, "não tinha ido tão longe para desistir agora" e continuo descendo. Sir Winston Churchill tem inúmeras frases formidáveis, mas nenhuma delas combina tão bem com esse momento vivido como essa: "If you're going through hell, keep going". Então, após ter bancado o Johnnie Walker-Keep Walking, finalmente chegava ao meu destino, mas, pouco antes disso, confundo 602 com 622, vejo uma loja fechada, dou meia volta e após quase ter subido um quarteirão, lembro do real nº e volto. Mas o sebo (já que é um livro que nem é mais publicado) estava fechado. Hoje a tarde, procurando na estante virtual (www.estantevirtual.com.br), vejo que havia outra loja numa galeria na própria R. Augusta, próximo à Av. Paulista. Volto, mas não volto para casa ou para o Mackenzie (como pretendia inicialmente, mas não para ter aula, já que tinha perdido a aula mais importante do dia, mataria a seguinte). Resolvo dar um perdido em São Paulo andando em (quase) todas as linhas e estações (que desconhecia) do metrô. Nessa minha diversão, fico mais de uma hora e vou para quase todos os lados de São Paulo gastando apenas R$ 1,45 (ATORO ISSO). Depois dessa pequena fulga, retorno para casa e faço como se nada de anormal tivesse acontecido.
Agora posto aqui um vídeo que combina com o que fiz hoje: Iggy Pop - The Passenger 
 Conclusão: Mais uma vez, provo àqueles que duvidam (todos) que estou mudando aos poucos, vencendo a paranoia, saindo da inércia, não deixando o medo e o temor de dominarem. Estou saindo da minha casca e estou encarando de frente esse mundo louco. Torno-me cada vez mais independente. Creio que seja tudo (por enquanto).
                                                                                                                                   To be continued

P.S. - Como dito, esse post terá sua continuação e (espero) conclusão, no momento em que o livro estiver comigo!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Férias (resultados)

Hoje é meu último dia de férias (de novo). Com esse post, me dispeço da vida alheia, para vestir novamente minha roupa de super estudante e estudar arduamente até o final do ano.
Todo ano, mesma merda. Fiz porções de promessas de coisas que gostaria de fazer, entretanto, mal aproveitei minhas férias. A vida tornou-se uma rotina de PC, filmes, leituras, afins, etc. E nada dos meus amigos. Mal saí, mal aproveitei. Não falei com um amigo que não vejo há quase 5 meses, mal vi pessoas, mal vi outros amigos meus. Quando vi um pessoal de uma turma que não via faz tempo, me sinto um maldito alien e sou obrigado a me retirar do recinto. Mas vamos ao ponto.
Nas duas últimas semanas de julho, fui fazer algo que era quase rotina para minha pessoa. Fui para Macaé na casa do meu tio, o que faço com muita frequência, como já dito. Mas decidi ir visitar um amigo que morava na capital há 5 anos e que não o via há 2 anos. E contei com uma sorte: meu primo, resolveu ir ver o amigo que morava e estudava no Rio. Aproveito e aviso meu amigo da minha ideia de ir visitá-lo na semana seguinte Mas, como sempre, houve uns imprevistos e o plano fora abortado, pois o amigo que meu primo pretendia ver, havia voltado às aulas. Estava sozinho mais uma vez.
Quando, em uma sexta-feira (que não era 13) penso e depois aviso que iria vê-lo no final de semana, pergunto até quando podia ficar. E foi assim, inspirado pela E.T., saio estrada afora, com uma diferença: mal havia planejado, mas não dava a mínima, iria vê-lo de qualquer jeito. Aqueles que me conhecem sabem a imensa repugnância que tenho pela cidade maravilhosa e os peculiares seres que a habitam (chamado de cariocas), mas não me deixei intimidar e continuei com o plano de ir. Isto ocorria (talvez) pela alienação causada pela mídia sensacionalista. No sábado de manhã, acordo cedo (para o padrão de férias), pego as minhas coisas, vou para a rodoviária, pego a passagem, adentro no ônibus, pronto para a minha primeira viagem de ônibus sozinho para uma cidade "tensa". Durante o trajeto, não deixo ninguém dormir ouvindo música. Vejo um passageiro com uma mochila e um violão nas costas, à Ventania. Naquele momento, sinto uma inveja imensa desse ser, ensejando sair mundo afora, sem destino com uma única paixão: o violão. Depois de 3 horas cansativas de uma viagem, chego finalmente NA CIDADE. Ligo para meu amigo, depois de alguns minutos encontro-o e vamos iniciar nossa odisseia. No momento, nem sabia aonde íamos. Entramos em um ônibus e mais uma hora de viagem até a casa dele. Durante o trajeto, ouvi os planos de locais para irmos. Também ouço-o dizer que é tenso viver numa cidade onde há sempre o constante medo de ser assassinado. Naquele momento, sinto um imenso desprezo pelos governantes que pouco (ou nada) fazem para que essa situação mude e possa haver (algum dia) uma paz para esse povo que está cansado de sofrer. Estava chovendo, o tempo fechado e os planos de visitar pontos turísticos da cidade foram por água 'baixo. Mas não havia problema, conseguira atingir meu objetivo: ver meu amigo. Lá na humilde morada, conversamos demasiadamente, revivemos desventuras e bons momentos vividos. Em virtude do mau tempo e também do pouco tempo que ficaria lá, não fizemos muito além de conversar e jogar. Não fiz nada diferente do que estava fazendo em casa ou na casa do meu tio, com apenas uma diferença: eu estava lá na casa do meu amigo, havia vencido o medo e a paranoia que me assaltava e dominava. Mas valeu muito a pena. Na segunda, dispeço-me do meu amigo e parto para o local o qual me encontrava antes dessa desventura (fora de série).
Esta simples viagem teve um significado muito maior para o escritor de tanta besteira: aprendi a viver a vida e as oportunidades e momentos que temos. Hoje, faço uma promessa (e tentarei cumpri-lá): não vou mais perder essas oportunidades que a vida dá, aproveitarei todas elas. E G.C.R., caso esteja lendo estas merdas que escrevo aqui, anote uma coisa amigão: agora que "aprendi o caminho", tenha certeza de que, assim que possível, irei novamente visitá-lo e iremos passear pelos pontos turísticos cariocas. E espero te ver aqui em São Paulo também!
Amanhã voltam às aulas, férias tem um problema para mim: Quando estamos em aula, anseio por férias; quando chegam é a maravilha; quando estão no meio, me encho delas, pois quero ver pessoas, amigos, quero viver e geralmente não consigo isso nas férias, no final queria mais férias para tentar aproveitá-las. Amanhã, quero que esse novo Gabriel, que tá sendo poeta no facebook agora, vá para aula e mude o jeito de ser e agir dele. Saindo da sua caverna de isolamento e comece a se relacionar melhor com as pessoas que o cercam. Dessa vez, não tem mais desculpas, mais falhas, mais nada. O resultado? Só o tempo dirá!
Vejo vocês, com toda certeza, em algum lugar.
Olá vida, cá estou!