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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O dia em que o jovem rebelde comunista se arrependeu (Part II - I'm on the Highway to Hell)

Part II - I'm on the Highway to Hell

Ao chegar, uma linda gaúcha (redundâncias, apenas isso) nos recepcionou e fez uma oferta de um pacote para que pudéssemos dirigir as máquinas.
Ok, não eram exatamente as máquinas as que me referia, mas, chegava próximo disso.
O pacote incluía uma volta de carona em uma verdadeira máquina (Lamborghini ou Ferrari) e também possibilitava guiar outros três carros. Muscles Cars: Camaro (e não, não era o Camaro Amarelo, Dogde Challenger e Ford Mustang. Eis o típico carro do sonho americano e, por que não, dos anos dourados americanos. Banheiras, largos, confortável, com inúmeros aparatos que melhoram o conforto e, o principal, motor forte - V8 (e o brasileiro adora andar de carroça, sem motor, sem conforto e sem nada, pagando carro por isso... diferença cultural, apenas).
Inicialmente, dei a volta numa das máquinas, sonhos de desejo e consumo de quase todo e qualquer ser humano, mero mortal, pessoas afortunados: Ferrari 360 Modena.
Como foi o passeio?
Serei sincero. Após tirar a CNH (depois de muito trabalho e muita luta, já que fui vítima do preconceito em decorrência de certos fatores físicos, que não me diferenciam de ninguém e, hoje, minha carteira prova isso), andar de carona num carro, qualquer um, mas, principalmente em um modelo da fábrica de Maranello, não tem lá muita graça. Outro fator foi que o circuito todo fora realizado nas ruas de Gramado e Canela. Um carro do porte desses merece andar e ter pista livre para isso, para atingir a sua velocidade máxima, para chegar aos limites, onde poucos veículos automotores chegam.
Então, os maiores prazeres foram: estar dentro de uma Ferrari, afinal, isso não é algo que se faz todo dia (e sabe-se lá quando será a próxima vez que o farei); ouvir o ronco do motor, para o bom amante de autos, uma verdadeira sinfonia, quer seja para acelerar, quer seja para reduzir.
Depois, foi o pacote para a diversão da família.
Meu tenso genitor dirigiu um Camaro, o único automático dentre os três modelos. Até brinquei, dizendo que macho que é macho dirige carro com câmbio manual (UI!).
Minha tensa genitora guiou um Dodge Challenger. Como disse, o câmbio era manual, mas, acho que ela nem trocou de marcha. SÉRIO. Carro bom com motor é outro departamento.
Qual carro eu dirigi? Mustang, claro! Nenhum outro carro desses muscles cars, v8, releitura ou original (hail anos 60), representa melhor o que é veículo com motor forte, carro largo, comprido, bom, confortável, vintage e afins.
Talvez não tivesse o motor mais forte, talvez não fosse o mais confortável, talvez não fosse o mais belo dentre os três. Mas, sem dúvida alguma, o ronco do motor é o mais estrondoso de todos. O mais belo. O mais forte. Como se o motor falasse "ei, parça, pode confiar, AQUI É V8, PORRA!!!"
O mais másculo, o mais monstruoso. Se alguém já viu a releitura de uma série dos anos 80, Knight Rider (onde, originalmente, a super máquina era um Pontiac Firebird), do ano de 2008, o carro usado foi um Ford Mustang Shelby. Cheguei bem perto. Mas dirigi uma super máquina.
O passeio, como foi? Bem, basicamente a mesma coisa. Mas dirigindo. O que é algo ótimo.
Provei em definitivo que sou plenamente capaz de realizar algo tão corriqueiro que, quase toda e qualquer pessoa, pode realizar.
É a mesma coisa que o Oscar Pistorius fez nas Olimpíadas. Não temos limites. Os limites estão inseridos nos intelectos de alguns seres infelizes que, talvez estejam no poder e sejam os temidos formadores de opiniões.
Não deem ouvidos a esses infelizes. Acreditem sempre em si mesmos. Não há nada impossível para o ser humano.
Em suma: O trajeto foi de uns 15 km. Na cidade. Mas, uma hora, deu pra sentir a emoção e atingir uma velocidade digna de um carro desses. Foi ótimo ouvir o som do motor e sentir o carro puxando quando pisava de leve.
É isso aí. Não dá para viver um experiência dessas e ser o mesmo jovem comunista que era.
Mamãe, virei captalista

É isso aí pessoal.
Agora, o jeito é estudar (ou ser bom em algo como escrever, pintar, fazer escultura, fotografia, jogando, etc, tudo coisa que gosto). Ou, contar com a sorte e o acaso.
Música para resumir? Não podia ser outra (podia sim, mas, essa é a original e resume tudo).
Aproveitando, deixo como homenagem à C.N.T. (só os fortes... e a própria entenderão), já que no dia que ela puxou a base do baixo do Águas (ou cantou a música) não estava presente na aula (estava em SC).
E por último, por que não?

Daria para colocar uma infinidade de músicas. Mas, recomendo apenas mais um vídeo:
Sem mais.

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